Quais as etapas para abrir um consultório ou clínica médica?
- Andrelino
- 25 de nov. de 2020
- 4 min de leitura
Diante da possibilidade de ter mais autonomia, muitos profissionais de saúde optam em abrir seu próprio consultório ou clínica médica. Por outro lado, para poder ter mais assertividade nesse processo é preciso antes buscar informações e, sobretudo aplicá-las. Fazendo isso as hipóteses de sucesso serão bem maiores.
Este artigo tem o objetivo de introduzir os profissionais de saúde nesse contexto soluções baratas para o tema. A seguir às três etapas para abertura de consultórios ou clínicas de saúde:

Planejamento das Ações
Diz respeito à identificação do que deve ser executado (ações), e de outros detalhes do empreendimento. Isso pode ser feito de maneira simples e bem objetiva. Havendo dificuldades busque ajuda profissional para te auxiliar.
"Colocar aqui alguma frase que de ênfase ao artigo.
Liste as ações e processos a serem executados, tais como escolha do ponto comercial, móveis, equipamentos e utensílios necessários ao funcionamento do consultório ou clínica, sistema ou ferramenta a ser utilizados, convênios a serem feitos, funcionários a serem contratados e os objetivos a serem atingidos.
Claro que quanto maior a clínica médica ou consultório, maior será essa lista de demandas. O ponto a ser escolhido dependerá da especialidade ofertada e do público a ser atendido. Além da competência exigida identifique algum diferencial que pode ser agregado aos serviços. A internet é uma ferramenta aliada na divulgação dos serviços de saúde, se possível pense nisso logo no começo.
Projeção dos Gastos
Nessa etapa registre os gastos iniciais como, por exemplo, a compra de móveis, utensílios, equipamentos (mais específico no caso de clínica médica), projeto do arquiteto, as taxas iniciais decorrentes da abertura. Em seguida faça uma breve estimativa dos custos mensais, como, salários, aluguel, condomínio, internet, água, telefone, contador, dentre outros. Lembre-se que o início quase sempre as despesas (saída de recursos) serão maiores que as receitas (entrada de recursos), especialmente quando o profissional está no início de sua carreira. Por isso, se possível crie uma reserva para esse começo.
Efetivação dos Registros Para Consultório ou Clínica Médica
Nessa etapa será necessária a contratação de um contador especializado. Ele cuidará do registro da clínica médica ou consultório junto aos diversos órgãos e ainda dará suporte em outros processos específicos da atividade. Ao final desse processo os documentos gerados serão: contrato social, CNPJ, Alvará de Localização, Alvará Sanitário, bem como o Cadastro de Responsável Técnico pelo consultório ou clínica junto ao CRM, dentre outros.
Claro, esses processos terão pequenas alterações de acordo com a localização do consultório ou clínica. Nessa etapa o contador informa o médico a respeito da correta emissão de recibos e notas e recolhimento dos tributos.
Cumprindo essas etapas, é aconselhável que se faça uma revisão entre o planejado e o executado, para então identificar possíveis ajustes a serem feitos, assim o ciclo proposto estará se cumprindo: planejar>executar>corrigir.
Publicado: www.diversacontabilidade.com.br
Até aqui as ação macro e as ações micro foram escolhidas, mensuradas e possuem prazo para execução. Resta agora acompanhar a execução dessas ações e resultados produzidos, para ser for o caso propor ajustes ou ainda incrementar o que foi planejado. Fazendo isso estaremos cumprindo o ciclo PDCA –Plan-Do-Check-Adjust, que significa Planejar, Fazer, Verificar e Agir.
Aqui vão algumas dicas: escolha ou trace objetivos que de fato são exequíveis ou possíveis. Na hora de identificar as ações micro procure também ser bastante objetivo escolhendo no máximo quatro ações.
Naturalmente todas as ações devem ser mensuradas e ter tempo para execução, isso facilitará o acompanhamento de todo o planejamento. Se você ou a sua empresa não tem a cultura de planejar comece realizando planejamentos mais curtos ou de menor duração.
Recapitulando, o planejamento estratégico é sim uma ferramenta que aumenta as chances de um negócio ou trabalho darem certo, isso porque os agentes que estão planejando tornam-se ativos e participantes da construção de seu futuro agindo com antecedência aos fatos.
O planejamento em linhas gerais está dividido em:
1º – Planejar: Escolher o objetivo macro e mapeamento das ações ou caminho a ser percorrido: no exemplo dado, 5% no aumento das vendas mensais (temos tempo definido e a meta mensurada) e ainda as ações micro que na verdade indicam o caminho que será percorrido para que o objetivo traçado seja alcançado (treinamento de funcionários e aumento no gasto com publicidade);
2º – Executar: Identificado o objetivo e ações basta executá-las;
3º – Acompanhar e corrigir: Nessa etapa as ações serão acompanhadas e se for o caso os ajustes também serão propostos. Isso aumentará as possibilidades de êxito no negócio ou trabalho a ser realizado e por consequência os resultados esperados.
Finalmente e poeticamente falando, existe sim um romantismo em deixar a vida seguir e nos levar, mas o planejamento é a melhor maneira de construir um caminho, um futuro, pois diz também o ditado: “barco sem rumo, atraca em qualquer porto”.
Saibam que muitos dos problemas vividos por nós brasileiros devem-se fundamentalmente à incapacidade de planejamento de nossos gestores e pensadores ao longo da nossa história.
Nas organizações, sobretudo nas de menor porte, não é diferente, nelas tudo funciona no mais perfeito improviso, sem concepção, sem rumo ou norte, e é claro que o resultado desse caos não poderia ser outro se não catastrófico, basta verificar as estatísticas de falência e insucesso.
Portanto, planejar, em linhas gerais é a premissa para quem quer construir um caminho, um futuro. Metodologias não faltam para isso, o que falta é enxergar a essência e importância em pensar antes de executar.
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